14 de novembro de 2008

Sobre o Reino, tesouro (s), pérola (s) e, porque não dizê-lo, “Junta” (s)...

por Henrique Willer



Mateus nos relata algumas parábolas proferidas por Jesus, acerca do Reino dos Céus. E aí, ao se aproximar a data prevista para os encontros com o Chico (29 e 30/11), fiquei (re) pensando em duas específicas, registradas em Mt 13: 44-46.

Quando penso em tesouro, logo me vêm à memória os filmes de piratas que eu tanto assistia em minha adolescência, e num “pedaço” da juventude...Todo aquele afã por tentar chegar ao tão cobiçado tesouro; mapas, emboscadas, decepções, negociações, e por aí vai...

Mas o que realmente me salta aos olhos é o fato do tesouro na parábola em questão estar oculto. Até aí, nenhuma novidade: assim como herói bom é herói morto, o que dá “emoção” ao tesouro é este fato. E, ao contrário dos piratas, não há um mapa que indique sua localização exata. Em termos contemporâneos, sem GPS...Mas o certo é que ele está lá. Faltam olhos suficientemente sensíveis para perceber isso, mas ele está lá. De verdade mesmo.

A pérola também está, e o relato ganha uma dimensão interessante: o negociante, o “entendido do negócio”, com toda a sua experiência, ao se deparar com o valor incomparável do Reino dos Céus, não hesita em abrir mão de tudo para desfrutar daquilo que realmente importa. Uma mudança radical na escala de valores fica então patente.

Poderia escrever muita coisa sobre o texto, mas o que quero falar é uma coisa só, e muito simples: o Evangelho mexe não somente com nossa escala de valores, mas também com nossa forma de enxergar a realidade ao nosso redor. As “lentes existenciais” são, portanto, alteradas definitivamente.

Isto posto, lembrei-me de uma das primeiras conversas que tive com o Chico, após sua ida – ou, como prefere-sugere o Fonseca, “envio” – para Brasília. Dentre as várias coisas que conversamos, um aspecto ficou muito claro para mim: a importância de enxergarmos com valor aquilo que o Pai, por sua Maravilhosa Graça, nos têm proporcionado aqui com os caminhantes belohorizontinos.

Ele disse algo mais ou menos assim: “mano, valorizem isso que vocês têm experimentado aí, acerca da comunhão, dos encontros comunitários, dos momentos de ‘Caminho Com-Vivência’, do ‘Junta’, e por aí vai”.

E aí fico aqui pensando se nós temos realmente valorizado isso. Se temos reconhecido como um valor, como manifestação do Amor, da Bondade, da Infinita Misericórdia do Pai a possibilidade de nos encontrarmos em torno da Palavra, dela comendo e nos alimentando para a vida.

Para mim, não é coisa de somenos. Nunca o foi, e espero que jamais o seja. Poder sentar e conversar com pessoas queridas, podendo ser quem realmente sou, sem expectativas de papéis engessantes do ser;

Beijar e ser carinhosamente beijado;

Sorrir e ter sorrisos de volta;

Ouvir. Ser ouvido;

Servir, no sentido mais amplo do termo;

Ouvir choros do fundo d’alma, como desabafos angustiados de um coração aflito, e nisso, compartilhar com o “outro” da dor e do sofrimento (e isso, como tão sabiamente disse o Caio em uma de suas mensagens, lavando os pés do outro em silêncio reverente, sem certezas absolutas verborrágicas e insossas, senão mesmo inapropriadas).

Tem sido assim comigo. Tenho sido curado e desintoxicado.

E tudo isso numa ambiência em que o que vale mesmo é a manifestação do amor de Deus no coração da gente, de forma leve e inequívoca.

Assim, caro (a) caminhante, quero, de forma muito carinhosa, convidá-lo (a) a (re) pensar seus valores, (re) pensar aquilo que realmente importa na vida, e também a enxergar com bons olhos a realidade que o cerca. Não é coincidência que a palavra gratidão traga, em sua raiz etimológica, um sentido próximo, senão idêntico mesmo, ao termo graça.

Sejamos gratos ao Pai. Sem quaisquer indícios de uma espécie de “triunfalismo”, provincianismo, mineirismo, etnocentrismo ou qualquer outra coisa parecida, apontando para uma espécie de orgulho cultural, mas tão somente o reconhecimento singelo e sincero daquilo que é a manifestação do Amor e do cuidado Dele por nós.

Penso que o “Junta” é mais um destes momentos gostosos que podemos desfrutar, e, por isso, peço-lhe que, se puder, quiser e achar que deve, faça o contato com o Riva (rivamoutinho@caminhobh.com), confirmando a participação. Se você tiver um veículo disponível, e puder disponibilizar alguma (s) carona (s), também será bem-vinda! Por gentileza, informe-nos também sobre isso.

Conforme o comunicado enviado hoje, temos um número restrito de vagas disponíveis. Por favor, nos ajude também evitando deixar a inscrição para a última hora.

Se porventura houver algum empecilho, de que natureza for, para sua participação, nos comunique, para que tentemos resolver a contento.

Tudo está sendo preparado com muito carinho, para servi-lo da melhor maneira possível.

Que a Doce Revolução do Evangelho encontre em nossos corações terreno fértil e digno, sem a dignidade da Lei ou da justiça própria, mas da consciência do que o Evangelho realmente é para nós.

Um beijo fraterno,

Henrique

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